segunda-feira, 28 de maio de 2012

Jogo ruim, resultado bom.

O Figueira saiu do Rio de Janeiro hoje com um empate no bolso. Pelos prognósticos pré-campeonato, certamente foi um resultado bom, pelas situações do jogo, nem tanto, mas, querendo ou não, foi um empate contra o Fluminense/Unimed - um time que mesmo jogando com o 5º e 6º atacantes reservas ainda tem poder ofensivo.

Quanto ao Furacão do Estreito, o jogo foi ruim, jogamos mais de 45 minutos com um jogador a mais e o time ainda mostrou muitos defeitos e falta muita coisa para ser um time de futebol de verdade.

Se, contra o Náutico a raça do time foi aplaudida, no restante do campeonato isso apenas não bastará.

O Figueirense peca, para começo de tudo, na compactação do seu time. Os jogadores jogam distantes, os passes ficam complicados e há pouca visão de jogo no meio campo.

Devido à descompactação do time, a marcação fica terrível, os jogadores estão longe dos adversários e há pouca pressão nos atacantes do aversário.

Além disso, a movimentação do time ainda está muito lenta, tendo uma saída de bola deficiente e um contra-ataque inexistente. Mesmo tendo a velocidade de Caio e Roni no ataque, bem como a técnica de Júlio César, a bola pouco chega e, quando chega, chega mal organizada e sem auxílio de elementos surpresas (laterais e volantes).

Dificulta em muito a saída de bola do time a falta de qualidade do meio-campo, apesar da boa vontade de Túlio, Toró e Ygor, estes não possuem a devida técnica. Acabam por segurar demais a bola, raramente realizam boas viradas de jogo e têm sérias deficiências no passe.

A composição do meio-campo é, exatamente, outro problema. Quando não há outra opção, colocar 3 volantes com muita raça e disposição é uma boa saída, mas isto não pode virar regra. É necessário criar qualidade na meia cancha, fazer a bola girar e distribuir o jogo e isso não é função de volante.

Se ainda não há um jogador específico para a posição, que se aproveite de Fernandes ou Luis Fernando, ainda lembrando que há o jovem Guilherme Lazaroni no elenco que poderia ser aproveitado nesta posição.

Com a pouca velocidade dos volantes, o time tem dependido muito da velocidade e dos chutões feitos na direção do Ronny. Este é um jogador de boa qualidade e drible, mas sozinho "não fará verão". 

Felizmente, apesar de todos os erros, o Figueira novamente conseguiu, suado, um bom resultado. Dependeu do talismã Caio que, mesmo apagadíssimo no jogo, foi capaz de fazer um bonito gol. Além disso precisou da sorte do fraco, porém esforçado, Pablo, que, mesmo com todas as suas deficiências, acertou um bom chute e contou com o desvio do adversário.

Acredito serem necessárias muitas mudanças ainda. O time tem qualidade, mas precisa ser treinado e precisa ser bem posicionado taticamente.

Apesar de ter jogado com um a mais, o resultado não deixa de ser bom. Foi um ponto importante e agora faltam 41 pontos para evitar o rebaixamento.

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