sexta-feira, 8 de junho de 2012

Jogo péssimo, resultado bom.

Como previsto na postagem anterior (Voltando...), era previsível que, através da escalação, a atuação do Figueirense não seria boa. 


E assim sucedeu o primeiro tempo. Um time sem criatividade, burocrático, sem saída de bola e com pouca inspiração; foi assim que o Furacão do Estreito soprou fraco contra um Corinthians fraco e sem objetividade, com foco claro na Libertadores.


O Figueirense estava claramente deficiente por culpa de um meio-campo muito guerreiro e pouco inteligente. A entrada do bom volante Jackson não ajudou o time. Apesar do jogador ter demonstrado a boa qualidade já apresentada no ano passado, este não possui características de armação do jogo.

Restou para o Túlio armar o jogo. Este, apesar de ter calma e paciência suficiente para fazer a saída de bola, não é propriamente um armador e ficou extremamente sobrecarregado.

Além disso, tampouco foram eficientes as jogadas pelas laterais (também como foi previsto por este blogueiro) e o Figueirense teve que se contentar em marcar o time corintiano e correr atrás da bola.

Muito graças a displicência do time paulista e da boa atuação do goleiro Ricardo (o qual tem substituído muito bem o titular Wilson), o resultado do primeiro tempo foi apenas 1 a 0 e permitiu ao alvinegro do Estreito ter ainda chance no jogo.

Veio o segundo tempo e Argel não modificou o time. Apesar disso, como fez nas duas primeiras rodadas do Brasileirão, liberou o time mais para o ataque. Assim, mesmo que sem jeito, o Figueira tentou agredir mais o Corinthians.

Com mais jogadas pelas alas, principalmente pelo lado esquerdo, o Figueira ganhou força e resolveu arriscar mais.

Apesar da expulsão do estreante Anderson, o Figueira não mudou seu ímpeto e já com Aloísio no lugar de Ronny (que foi apático no jogo) conseguiu um belo gol numa jogada que começou pelo lado direito da defesa alvinegra e, com bons passes, conseguiu ir até a ponta esquerda e finalizar com o iluminado Caio (que ontem jogou melhor do que nos primeiros jogos).

Argel escalou mal o time, teve sorte do Corinthians ser um time burocrático que depende muito da bola aérea para fazer gols e não ter tido força para aumentar o placar no primeiro tempo.

O Figueirense mostrou-se um time sem saída de bola, algumas vezes utilizando-se de chutões (os quais não aconteciam desde 2009) e isso é preocupante.

Novamente, ressalto a importância de utilizar os laterais para auxiliar na saída de bola, bem como da presença de um verdadeiro terceiro homem de meio-campo, o qual auxilie na saída de bola, arme o jogo e apareça no ataque como elemento surpresa.

Como dito antes, Argel precisa acordar. Futebol não é apenas marcação e precisa de bom passe de bola para um time evoluir. 

O modo como o Figueira jogou ontem teve um meio-campo inexistente, visto que era composto por 3 volantes marcadores e um meia-atacante que é muito mais driblador do que armador.

Torceremos para que o Botti recupere-se logo e possa entrar, ou que o treinador alvinegro olhe mais para Wilson Pittoni. Nada contra o bom volante Jackson, que joga muita bola e é facilmente o primeiro suplente de Túlio e Ygor, mas não é sua função armar o jogo.

Assim que ajeitar o meio-campo, tenho certeza que tanto defesa como ataque terão mais tranquilidade para se arrumarem.


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