Virtualmente, é possível dizer que o Figueira atualmente é o 19º colocado na tabela do Brasileirão. Isso porque, atrás dele, a tendência é que só permaneça o Atlético Goianiense, visto que Corinthians, Santos e Palmeiras devem ainda se recuperar durante o campeonato e brigar no topo da tabela.
Apesar dos péssimos resultados recentes, ainda não se instaurou o caos no estádio Orlando Scarpelli pois o time tem jogado aparentemente bem.
Contra o Palmeiras, a exibição no 1º tempo foi boa, sem muitos riscos e com o Figueira atacando e tendo boa posse de bola. Já no segundo tempo, tudo desandou.
O jogo.
O Figueira entrou em campo com um time bem modificado em relação ao último jogo, visto que saíram Pablo, Ygor, Almir e Aloísio do time titular.
De todas as ausências, a mais sentida pelo time foi a de Almir. Isso porque o Fernandes entrou mal em campo, muito lento e pouco aparecendo para auxiliar o time. Ressalto que os dois únicos bons jogos do Figueira no ano de 2012, foram com o Almir em campo (Cruzeiro e Bahia).
A ausência do Ygor acredito que foi pouco sentida, visto que o Doriva (apesar de ser o Doriva) entrou bem no jogo, auxiliou na marcação e teve boa saída de bola - porém, falhou na marcação no primeiro gol do Palmeiras.
Já a saída do Aloísio também pouca falta fez, visto que o esquema no 4-4-2 deu mais consistência ao meio-campo e possibilitou maior posse de bola ao alvinegro.
Coutinho pela direita não comprometeu (e só).
Com o Guilherme Santos fazendo um bom primeiro tempo e jogando junto com o Botti, o Figueira dominou a lateral esquerda e partiu para cima do Palmeiras.
No entanto, essa força não durou a partida toda - como já acontecerá em outros jogos do campeonato - e o Figueira voltou mal para o segundo tempo.
Além disso, destaco a má atuação do zagueiro Canutto, que esteve perdido em campo e dificultou bastante a tarde alvinegra.
Não há mais tempo para ficar chorando o leite derramado, então é bola para frente que no próximo jogo o vide-líder visitará o Scarpelli e o Figueira precisa da vitória. Com a provável volta do Almir ao time e um meio-campo mais entrosado, visto que terá uma semana inteira para treinar os novos jogadores, a esperança é de um bom resultado (e não só um bom jogo) contra o Vasco, que apesar da vice-liderança está passando por uma fase mais conturbada nos egos do elenco.
Situação do Argel.
Não vejo o treinador estando com o cargo ameaçado ainda. Apesar dos resultados, ele já conseguiu dar um padrão de jogo ao time e está sofrendo com a venda de jogador e a lesão de outros.
Acredito que o trabalho do Argel ainda renderá bons frutos ao alvinegro, porém ele precisa tomar cuidado para não criar um racha no elenco. É visível já a falta de confiança que está acometendo ao Caio, Aloísio e Ronny, que claramente perderam prestígio com o treinador.
Além disso, apesar de ser bom para a imprensa e para nós torcedores, não concordo com treinador que fica dando entrevista coletiva e pedindo reforços para a diretoria. Isso é questão para ser tratada de forma cautelosa e com cuidado para não desgastar o elenco. O Argel já deu duas entrevistas falando que pediu à diretoria 4 reforços e ainda faltam 3, dos 4.
Apesar da demora, acho que a diretoria está agindo certo e tentando procurar jogadores qualificados, e não apenas contratando por contratar e inchando o elenco, como foi feito em outros anos e vimos um péssimo resultado (como em 2008 e 2009).
Agora é esperar mais uma semana de andanças e ver se o Figueira realmente explodirá a bomba e trará o jogador Loco Abreu, que será uma ótima contratação, se vier.
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