segunda-feira, 11 de junho de 2012

Teimosia, humildade e...

O post pós-jogo chega atrasado em decorrência de alguns compromissos, mas, antes tarde do que nunca. Então vamos lá.

Novamente, vi um jogo ruim, daqueles que dá vontade de dormir e só assisti quem é torcedor. Fora o jogo ruim, o resultado foi tão ruim quanto (corroborado pelo Argel na sua entrevista). 

E não venham me dizer que foi bom porque tinha um a menos e blá, blá, blá...

Ter um expulso faz parte do resultado ruim do jogo e não é justificativa para fingir um bom resultado. Jogo com time médio no Scarpelli é jogo de vitória e, se assim não for, no mínimo é necessário um bom jogo. 

NADA disso aconteceu.


  • Teimosia

Começar o jogo com três volantes foi uma atitude de absurda teimosia do técnico Argel. Foi provado nas três primeiras rodadas do Brasileirão que o time não estava se encontrando em campo.

Não havia saída de bola, os laterais não tinham apoio para subir, o Túlio não sabia se atacava ou marcava, o Jackson que é primeiro volante ficou perdido com a responsabilidade da bola nos pés e o Ygor parecia sem função no time.

Além disso, com a presença dos volantes, o restante do time parecia liberado da função de marcar e não se esforçava para pressionar os defensores adversários.

Ainda, Ronny, como já falado aqui no blog e comentado pelo Argel em entrevista pós-jogo, não é meio-campo, possui sim característica de atacante e acabou sendo sacrificado na meia cancha.


  • Humildade
Após os erros do início de jogo, Argel demonstrou humildade. Diferentemente da maioria dos treinadores, ele assumiu o erro do Losango (como ele fala) e mudou para o Quadrado, colocando Luis Fernando no lugar do Jackson.

Já digo que não acredito que o Luis Fernando seja craque e o Jackson perna-de-pau. Para mim, o Jackson é um baita volante e o Luis Fernando tem muito a melhorar para ser um meio-campo de série A. No entanto, a questão aqui é de características, e a do LF é de pôr a bola no chão e armar o jogo, enquanto a do Jackson é de destruir o jogo.

Com essa mudança, faltando cinco minutos para acabar o primeiro tempo, o time demonstrou uma grande mudança de postura e começou a parecer time de futebol e não mais rugby.

Parabéns ao Argel pela mudança, se não a tivesse feito, a Ponte Preta poderia ter feito um gol no próprio primeiro tempo, pois as chances eram claras.

  • Segundo tempo
O segundo tempo foi até de um futebol razoável. Figueira tocou a bola, tentou ir para o ataque, o Júlio César como meia-armador funcionou bem, tentou criar jogadas, o Luis Fernando pôs a bola no chão e pensou o jogo.

Mas e ai, e ai que surgiu o fator Pablo. Durante o jogo eu até vinha pensando em elogiá-lo, pois tava jogando com uma raça digna de Gattuso. No entanto, cometeu um erro infantil, errou um passe tolo e obrigou o Sandro a cometer uma falta para evitar uma chance clara de gol da Macaca.

Com a expulsão, o Figueira manteve a vontade ofensiva, mas ai entrou o Pablo II (vulgo Coutinho) e ai o time voltou-se novamente para o setor defensivo.

Aquele era um momento de precaução sim, mas poderia ter entrado o Pittoni, que possui uma característica de marcação, mas também sabe sair para o jogo.

Sinceramente, se é para ser colocado de lado e nunca aproveitado, acredito que o Figueira deveria emprestar o jogador Paraguaio, pois com o Argel já está provado que ele não jogará.

  • Soluções
Já venho falando a algum tempo, mas o Figueira não precisa somente de jogadores, mas de aprimoramento tático. É nítido que o time tem apenas jogado, sem apresentar qualquer evolução de conjunto.

Para isso, algumas coisas deveriam ser implementadas e que não necessitam de um treinamento tão profundo. 

A marcação à pressão na saída de bola adversária é uma delas. Com isso, facilitará o trabalho da defesa do Figueira, bem como possibilitará maiores contra-ataques. Com Aloísio, Caio, Júlio César e Ronny, temos jogadores capazes fisicamente de incomodar os adversários e fazer um bom serviço.

Outra questão seriam as jogadas ensaiadas. Faz algum tempo que não vejo o Figueirense ter sucesso em bolas paradas. Ou depende-se de um chute que desvie na barreira adversária, ou de um escanteio com bate-e-rebate na área adversária. Mas, raras são as vezes em que o Figueira faz algo que ao menos pareça proposital.


Enfim, mais uma semana de treinamentos virá, e com ela o treinador terá mais uma chance de colocar algo nesse time além de raça. Raça foi muito importante no primeiro momento, mas agora é necessário também inteligência, conjunto e trabalho em equipe.

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